Tínhamos imensos planos de viagens para este ano. Mas, depois, a Covid-19 aconteceu. E foi aí que tudo mudou. Os voos foram cancelados, os hotéis fecharam (assim como os restaurantes) e as pessoas ficaram com medo de sair. 

Entretanto, o tempo passou e o turismo foi começando a reabrir. E nós quisemos voltar a viajar, ainda que cá dentro. O destino, Amarante. Para passar a noite, escolhemos o Hostel des Arts, com uma vista maravilhosa para o Tâmega. E não nos arrependemos, quer pelo espaço, localização (mesmo no centro de Amarante) e serviço, quer pelos cuidados que o alojamento tomou e que são tão necessários nestes tempos.

Antes de falar "destes tempos", vamos começar por "outros tempos", porque o Hostel des Arts também nos permite uma viagem pela história. Tudo começou em 1902 (ou talvez antes), com o Grande Hotel Silva, o primeiro da região e único por mais de 40 anos, que passaria a chamar-se depois Albergaria D. Margaritta, até que acabou por fechar por dificuldades derivadas da crise económica. Foi a Márcia que nos contou tudo isto quando chegámos, mas as notícias espalhadas pelas paredes do hostel, tal como os próprios materiais, ajudam a contar a história.

Notícia sobre o Grande Hotel Silva, exposta na entrada do Hostel

Uns anos depois, voltava a abrir pelas mãos dos descendentes de Teixeira de Pascoaes, depois de uma grande remodelação em que tudo foi pensado ao pormenor. Por um lado, para garantir que grande parte da tradição se mantinha. Por outro, para homenagear artistas de Amarante ou que por lá passaram.

Aqui podem ver como tudo foi pensado ao pormenor. No quarto com nome de pintor, a mesa de cabeceira é uma paleta. No quarto com nome de escritor (o nosso), um livro.

Identificações dos quartos

Nós ficámos no quarto Teixeira de Pascoaes. E o quarto, apesar de minimalista, é realmente charmoso. Pelo quarto em si, pela casa de banho, pelo jardim privado (com o desenho da obra A Ascensão do Quadrado Verde e a Mulher do Violino, de Amadeo de Souza-Cardoso) ou pela maravilhosa vista para o Tâmega.








Com as medidas da Covid-19 o Check-in agora é feito às 16h e o Check-out até às 11, para permitir que os quartos sejam arejados durante 1h com ventilação natural antes da limpeza. Para nossa sorte, no dia anterior o nosso quarto não tinha tido ninguém e portanto foi-nos possível fazer o Check-in mais cedo. É uma questão de perguntarem antes de ir, pode ser que tenham sorte também ;)

A Márcia também nos mostrou as Camaratas. Claro que no geral Camaratas são algo com menos procura nesta altura. Mas há camaratas de 2 pessoas que funcionam perfeitamente e têm tanto charme como o resto do Hostel.

É também no piso das camaratas que fica a cozinha comunitária, onde eram também servidos os pequenos almoços. Actualmente é menos usada, claro está, mas todos os cuidados de limpeza são garantidos, aqui e em todo o hostel, com desinfetantes específicos. E com o tamanho das mesas da cozinha, bem como a sua quantidade, é fácil manter o distanciamento social necessário.

Falando ainda nos pequenos almoços, devido às medidas tomadas com a Covid-19, estes saíram da cozinha e passaram para o Bar, que se encontra no piso zero. Pequenos almoços esses que se transformaram e agora são em menu e que fazem frente a qualquer brunch. A quantidade é bastante boa e os ingredientes são realmente fantásticos. Ainda estou a sonhar com o pão das tostas de abacate e de queijo de cabra.

Não estão incluídos na estadia, porque houve quem até agora não se sentisse confortável a tomá-lo no bar. E isso permitiu também baixar um pouco o preço da estadia, que já nem era cara. Mas, acreditem, sabe realmente bem tomar o pequeno almoço na esplanada junto ao bar, também com vista para o Rio Tâmega. 

E quem diz pequenos almoços, diz um cocktail ou outra bebida ao pôr-do-sol, por exemplo. O espaço interior do bar também é bastante convidativo e acolhedor.



No futuro, existirá ainda um restaurante. A Covid-19 atrasou os planos do restaurante, mas é expectável que esteja pronto ainda este ano.

Do plano de contingência do hostel, além de tudo o que já vos contém e está marcado a bold no texto para identificarem mais facilmente, fazem ainda parte a existência de álcool gel em todos os pisos, acrílicos na zona de contacto entre os hóspedes e os funcionários - recepção e bar - e uma sala de isolamento (que esperamos que nunca venha a ser necessária, claro), bem como a obrigatoriedade de uso de máscara para hóspedes e funcionários em todos os espaços comuns tendo como excepção quando já estamos sentados à mesa, claro.

No geral, sentimos que o Hostel reúne todas as condições para uma estadia em segurança. Infelizmente, longe da experiência de mais partilha e celebração que o vinha a caracterizar. Mas esperemos que isso volte em breve. Por enquanto, fica a certeza de que tudo está a ser feito para que a segurança dos hóspedes e dos funcionários seja mantida. E o selo "Clean and Safe" que lhe foi atribuído é prova disso.

Sobre Amarante, fica ainda tudo por contar, mas isso ficará para um próximo post, que este já vai longo.

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No Hostel des Arts, vai encontrar espaços limpos e seguros para uma estadia tranquila e inesquecível. Assumimos o selo “Clean and Safe” atribuído pelo #turismodeportugal . A sua segurança é da maior importância para nós. Esperamos por si!

Uma publicação partilhada por Hostel des Arts (@hostel_des_arts) a 22 de Jun, 2020 às 10:45 PDT