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CLÁUDIA DE CASTRO FERREIRA


Já conheces a ilha do Pico, nos Açores? O Verão é uma óptima altura para conhecer os Açores (ou mais uma ilha, se ainda não tiveres conhecido todas). Mas as nossas ilhas têm tanto para oferecer que pode ser difícil planear o melhor roteiro. Por isso, neste post deixo-vos o nosso roteiro de 3 dias e meio no Pico para se inspirarem. Chegámos ao Pico depois do almoço, portanto dividi o roteiro em Tarde do dia 1, Dia 2, Dia 3 e Dia 4.

Para dicas gerais sobre a ilha do Pico não podes perder este post


Tarde do Dia 1 (Trilho da Criação Velha e Madalena)
Chegámos a meio do dia ao Pico, vindos de ferry do Faial. A primeira coisa que fizemos foi levantar o carro na Autoatlantis mesmo no Porto da Madalena. De seguida fomos ao nosso alojamento deixar as coisas e, aí sim, estávamos prontos para começar.
Como vos disse no post anterior, o Pico tem muito a cultura da vinha, sendo uma paisagem património da humanidade e bastante diferente das vinhas que conhecemos. Por isso, sabíamos que fazer o trilho da Criação Velha seria obrigatório. Podes consultar aqui o folheto do trilho.

O trilho é bastante fácil e passa por paisagens maravilhosas, como o Moinho do Frade. Tem apenas o problema de ser linear. Considerando que são 6.9km para cada lado, vais demorar pelo menos umas 3h30. 

Laja das Rosas

Vista do Moinho do Frade

Alternativa para o caso de precisares de poupar tempo: fazer o percurso de carro até à zona da Laja das Rosas, estacionar aí o carro e fazer a pé até à zona identificada com o ponto 4 "Rola-Pipas". Daí, voltar à Laja das Rosas e fazer o resto com o carro.



Nós fizemos o trilho do início a pé, mas quando chegámos ao ponto 4 acabámos por voltar para trás e também fizemos o resto com o carro, tendo parado na zona da Areia Larga e Areia Funda.

Daí até Madalena é um saltinho, pelo que aproveitámos o resto do tempo para passear por Madalena e conhecer a Igreja de Santa Maria Madalena, aproveitar a vista para os dois ilhéus, denominados de Deitado e em Pé e o Jardim dos Maroiços.

Vista para os ilhéus da Madalena

Na Madalena há várias zonas balneares onde podem aproveitar para dar um mergulho, nós não o fizemos porque o tempo não estava muito convidativo.

Outra actividade que podem fazer na Madalena é visitar o Museu do Vinho, onde além de conhecerem mais a cultura do vinho da Ilha do Pico, podem também ver os Dragoeiros e o Mirante junto à vinha. Podem consultar toda a informação sobre o museu no site oficial. Nós não fizemos a visita só porque não somos os maiores fãs de museus.

Terminámos o dia a ver o pôr-do-sol e a jantar no Cella Bar, do qual já vos tinha falado no post anterior sobre o Pico (podem ver aqui). Vimos o pôr-do-sol na parte da esplanada, mas depois voltámos para dentro para jantar. A comida é muito boa e, tendo em conta o sítio, tem um valor bastante simpático. Não deixem de provar a tábua de queijos e enchidos. E os cocktails também são óptimos. O Cella Bar fica junto a umas piscinas naturais também com um ar simpático, as piscinas da Barca. Se forem durante o dia e estiver bom tempo, passem também pelas piscinas.

Cella Bar

Dia 2 (Lagoas e Subida ao Pico)

O segundo dia começou com um passeio pelo interior da ilha, onde pudemos observar as várias lagoas. Não esperes lagoas como as de São Miguel, mas são muito bonitas e o passeio pela estrada das lagoas é mega interessante.
Entrámos na EN3, a estrada longitudinal, logo na Madalena. Ao longo dessa estrada, se o tempo permitir, podemos ir observando a vista para a Montanha. A certa altura, começa a maior recta do território português: 9Km, completamente em frente. Depois, já quase no fim da recta, vão encontrar a primeira lagoa: a lagoa do capitão. É a maior e também a que tem vista mais bonita para o Pico.

Lagoa do Capitão

Lagoa do Capitão

Infelizmente a zona da Montanha estava nublada quando lá fomos e não tivemos aquela visão quase que de "postal". Ficará para a próxima. 
Seguindo viagem, no fim desta reta, vão-se cruzar com a EN2, a estrada transversal. Virando à direita e andando cerca de 1km, vão encontrar uma indicação para as lagoas à esquerda. Esta estrada não está em condições brilhantes, mas é possível fazer com o carro desde que se tenha cuidado. É realmente uma paisagem bonita, pelo que, ainda que não seja algo mega comum nos roteiros do Pico, não deves deixar de conhecer. Vão encontrar nesta estrada a Lagoa do Caiado, Lagoa Seca, Lagoa do Paúl (poderá ter pouca água), Lagoa da Rosada e Lagoa do Peixinho.

Lagoa do Caiado

Depois deste passeio fomos até ao nosso alojamento na Madalena para nos prepararmos para a subida ao Pico, a maior aventura desta viagem. Apesar de nessa noite já não termos alojamento marcado (ou melhor, tínhamos, mas era na cratera), o dono do alojamento onde tínhamos ficado a noite anterior disse-nos que não tinha ninguém nessa noite, pelo que poderíamos fazer o check-out mais tarde. E deu jeito para comer e para nos organizarmos.

O resto do dia foi passado na subida com pernoita ao Pico, com a Pico Me Up. Não me canso de dizer o quão fantástica é a experiência.

No topo da cratera a ver o pôr-do-sol

Se pensas em fazer a subida ao Pico, lê este post onde conto como correu, o que levámos de roupa, comida e outro material.

Dia 3 (Descida do Pico e São Roque do Pico)
A nossa viagem pelo Faial e Pico teve um dia pior em termos de tempo em cada ilha. No Pico, o Pior foi sem dúvida este 3º dia.
A manhã foi a descida do Pico. Acordámos cedo e ainda vimos o nascer do sol, mas depois começou a ficar nevoeiro. Felizmente aguentou sem chover toda a descida e portanto ainda conseguimos chegar secos (e com muito calor) à Casa da Montanha.

Descida, com vista para o Faial

Terminada essa aventura, fomos fazer check-in no nosso 2º alojamento, tomar um banho e descansar um pouco, até porque tinha começado a chover e portanto não iria dar para muito mais. Por isso, apesar dos planos para este dia incluirem toda a zona desde São Roque até São João (ou seja, fazer o litoral "à esquerda" da EN2, acabámos por ter que adaptar e muita coisa ficou para o dia seguinte

Ficámos a descansar um pouco e, quando o tempo melhorou, fomos conhecer a zona de São Roque do Pico, uma zona muito ligada à caça da baleia e um dos Portos mais importantes da ilha.

Começámos na zona do Cachorro, onde vimos a zona balnear do Cachorro, uma que é, na minha opinião, das mais bonitas da ilha, muito devido às formações rochosas e aos arcos e grutas.


Uma formação rochosa muito característa na zona da zona balnear do Cachorro. Até que faz lembrar um cachorro, mas quando fomos lá estava sem uma "orelha". Conseguem ver?

Já mesmo em São Roque, se tiveres interesse em saber mais sobre esta tradição das baleias na ilha, sugiro uma visita ao Museu da Indústria Baleeira. Nós optámos apenas por andar a passear pela Vila e visitámos locais como Igreja do o Convento de São Pedro de Alcântara, as Piscinas do Cais do Pico, as Piscinas de São Roque do Pico, a Igreja Matriz de São Roque e a zona da Ponta Rasa com um moinho com vista para São Jorge e onde também ainda vimos o arco íris para a zona da Ponta da ilha.



Fotos em São Roque

O jantar foi no restaurante Magma (podem ver aqui), um restaurante muito "trendy" no Pico e um pouco mais caro que a média, mas com uma comida simpática e com uma vista linda para São Jorge. Comemos sopa rica de peixe e depois lulas, ambos muito bons. De sobremesa, torte de limão tangerino, que foi o que menos nos convenceu.

Deitámos cedo, que o dia seguinte era o último e tinha que começar cedo porque havia muito por ver que tínhamos deixado para o dia seguinte devido ao tempo menos simpático neste dia.  


Dia 4 (Passeio pela Ilha)

O dia 4 foi o dia em que fomos parando pelos vários pontos da ilha. Foi também o dia em que tivemos mais sorte com o tempo e pudemos ver a montanha praticamente sem nuvens.

Começámos pela zona da Prainha, onde visitámos o Parque Florestal da Prainha, a Ponta do Mistério e também a Baía das Canas, uma zona balnear muito agradável. Do que vimos, é uma zona pouco conhecida e muito sossegada, mesmo no Verão. Quando lá fomos não estava ninguém, claro. 

Praia da Baía dos Canas

Mesmo na localidade da Prainha, visitámos a zona da igreja e depois a zona balnear Poça da Branca.

Prainha

Poça da Branca

A paragem seguinte foi o Miradouro da Terra Alta, a 415m de altitude e com vista para São Jorge. Somos fãs de miradouros, portanto tentamos conhecer a maioria dos miradouros. E, na sua maioria, os dos Açores são realmente bonitos, portanto vale sempre a pena a paragem.

Vista do Miradouro da Terra Alta

Depois parámos no Calhau, onde também fomos ver a zona balnear. Pena não estar calor (apesar de estar um dia bastante limpo), porque foi a zona que mais nos deu vontade de dar um mergulho.


Zona Balnear do Calhau

Próxima paragem: Ponta da Ilha, onde pudemos observar a Escoada Lávica bem como ver a zona do Farol (não é visitável, parámos o carro e fomos até à entrada, vimos a vista e voltámos para trás).

Farol da Ponta da Ilha

Parámos depois na Padaria de Fetais, para comprar o famoso pão de milho. Se forem ao Pico, é mesmo obrigatório passar lá para comprar este pão que deve ser dos melhores que já provei.

Fomos depois até à Calheta do Nesquim, onde os pontos de visita principais foram a Igreja de São Sebastião e a Poça das Mujas.

Seguimos para a zona da Ponta do Arrife, onde parámos no Miradouro da Ponta do Arrife que tem uma vista linda sobre o mar e a costa da zona sul da ilha e, mais à frente, na Ponta do Castelete, onde já pudemos observar a Fajã Lávica das Lajes do Pico. 

Miradouro da Ponta do Arrife

Ponta do Castelete

Não parámos nas Lajes do Pico nesta altura por um único motivo: quisemos ir à Queijaria de São João comprar queijos para levar e para acompanhar com o pão de milho da Padaria se Fetais, que seria o nosso almoço. Gostámos muito do queijo, portanto se tiverem oportunidade, passem por lá e experimentem.

Queijaria São João

Comprado o queijo, voltámos às Lajes do Pico, uma das zonas mais bonitas do Pico e que não podem deixar de conhecer. Visitámos a Igreja da Santíssima Trindade e as Piscinas Naturais e depois almoçámos por ali a nossa bela sandes. Com uma vista linda, mesmo ao pé do moinho. Que bem que soube.

Igreja das Lajes do Pico

A vista no nosso almoço, nas Lajes do Pico

Existe também um museu sobre a Indústria da Baleia, mas mais virado para a parte humana, o museu dos Baleeiros. Nós não visitámos, mas fica a sugestão para quem tiver interesse.

Fomos então novamente em direcção à zona de São João, parando pelo caminho na Zona Balnear da Fonte. Já em São João, começámos por visitar a Ponta Rasa e o seu moinho, um dos que achámos mais giros. Depois passámos no Parque Florestal de São João, também uma óptima opão para um picnic.

Moinho da Ponta Rasa

Passámos em São Caetano, onde parámos para tirar umas fotos para a montanha (o declive da montanha ali é bastante elevado e portanto é uma óptima zona para fotografar). 


Vista para o Pico em São Caetano

Depois seguimos para São Mateus, onde vimos a igreja, a piscina de São Mateus e, mais à frente, o Miradouro da Pontinha.

Miradouro da Pontinha

Finalmente, como já estávamos com pouco tempo (afinal, acabámos por ter que incluir neste dia uma parte do roteiro do dia anterior), tivemos que escolher entre uma visita à Cooperativa Vitivinicola da Ilha do Pico (Pico wines) ou à Gruta das Torres. Acabámos por ir até à Cooperativa, para ficar a saber um pouco mais sobre o vinho. Não fizemos prova porque ele estava com o carro e eu por solidariedade, mas é algo que tenho que fazer numa próxima visita ao Pico. Assim como visitar a Gruta das Torres, o maior tubo lávico de Portugal.

Depois, foi tempo de ir buscar as malas e seguir para o aeroporto. Era o fim da nossa viagem.

Vista para o Pico à entrada do aeroporto

No geral, achei que 4 dias são tempo suficiente para conhecer o Pico. No entanto, se quiseres aproveitar com calma as zonas balneares (e o tempo convidar a isso) e visitar alguns museus, diria que 5 dias seriam o ideal. Afinal, esta é a 2a maior ilha dos Açores. 

Espero que este post seja útil! Boas viagens ;)

Dúvidas sobre o que é necessário para visitar os Açores em tempos de COVID? 
Vê tudo neste post


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Estás a preparar a viagem aos Açores deste Verão? O Pico está no roteiro? Então não podes perder este post, onde deixo algumas informações gerais sobre a Ilha do Pico. E, em breve, estará por aqui o nosso roteiro na ilha.




Informações gerais
Tal como o Faial, o Pico fica no Grupo Central do arquipélago dos Açores e faz parte do conhecido "Triângulo", composto por Faial, Pico e São Jorge. Mas, ao contrário do Faial, o Pico é uma ilha bastante grande, sendo a 2a maior dos Açores (a primeira é São Miguel, claro). No entanto, tem menos habitantes que a Terceira ou mesmo o Faial, que é bem mais pequeno. 



A ilha do Pico é conhecida pela "Ilha do Vulcão"ou mesmo "Ilha da Montanha", mas a ilha é muito mais que isso. Sim, é certo que é fácil sair de lá e a maior recordação ser a subida ao Pico, principalmente se fizerem a subida com pernoita com a Pico Me UP como foi o nosso caso. Mas o Pico tem tão mais para oferecer .. É mesmo uma ilha muito completa, se é que se pode chamar assim. Além da Montanha que é uma parte dominante da paisagem, podem encontrar a Cultura da Vinha, Património da Humanidade, paisagem vulcânica como os lajidos ou mesmo grutas, várias lagoas, piscinas naturais, gastronomia, cultura da baleação, ...

Relativamente à ida para o Pico, as duas opções são barco de outra ilha (especialmente se for de outra ilha do triângulo) ou de avião, claro. A Sata voa para lá e o voo São Miguel - Pico é mesmo muito rápido. Nós fomos de barco, com a Atlânticoline, e correu tudo super bem.




Quanto à melhor altura para ir, como todas as ilhas dos Açores, diria que será entre Junho e Outubro. Nós fomos em Maio e apanhámos um tempo assim assim.

Vê aqui o post com Dicas para visitar o Faial


Onde ficar
A ilha é bastante grande e portanto tem bastantes opções de alojamento. Se não alugarem carro, diria que o melhor lugar para ficarem será Madalena ou São Roque, mas eu aconselho mesmo a alugarem carro. Nós alugámos com a Autoatlantis e ficámos bastante satisfeitos: o carro estava em óptimas condições e correu tudo super bem. 



Por uma questão de conveniência do roteiro (e economia, claro), nós optámos por ficar em 2 sítios diferentes: uma noite na Madalena e outra noite em São Roque. Vá, 3 sítios, visto que na 2a noite ficámos na cratera da Montanha 😂.
Na Madalena ficámos nos Apartamentos Basalto. O proprietário foi super prestável e os apartamentos estão bastante bem localizados. Não são nada luxuosos, mas também não era isso que pretendíamos, portanto foi perfeitamente de encontro às nossas expectativas. A outra noite foi passado no Pico Dreams, em São Roque do Pico. Não está tão bem localizado, mas conseguimos um preço bem mais barato - e com piscina. 
De qualquer das formas, se preferirem algo um pouco superior, sugiro as Lava Homes ou a Aldeia da Fonte.


Onde comer
Ao almoço, fizemos o mesmo que no Faial - sandes (sim, com mulatas para sobremesa), escolhendo alguns sítios mais "diferentes" para jantar: 

Cella Bar - Obrigatório na ilha do Pico. Já lhe chamaram o bar mais bonito do mundo e é fácil perceber porquê. Tem uma arquitectura fantástica e um pôr-do-sol maravilhoso. Vale a pena beber um cocktail ao pôr-do-sol e depois ficar para jantar.



Magma - O restaurante pertence às Lava Homes, mas pode ser frequentado também por não hóspedes. É um restaurante um pouco mais caro, mas a comida é muito boa e tem uma vista fantástica para São Jorge. 


Atracções principais
O próximo post terá um roteiro mais detalhado, mas por enquanto deixo alguns pontos (sem qualquer ordem específica) que devem mesmo incluir no vosso roteiro:
  • Subida à Montanha do Pico (eu fiz com a picomeup e adorei)


Vejam neste post mais detalhes sobre a Subida ao Pico
  • Admirar a vista para a Montanha de vários pontos da ilha.
  • Conhecer a Paisagem Vínica através, por exemplo, do Trilho da Criação Velha

  • Fazer uma prova de vinho do Pico
  • Conhecer o Museu do Vinho, o seu mirante e os seus Dragoeiros.
  • Apreciar a paisagem vulcânica tão característica da ilha, os Lajidos
  • Provar o pão de milho da Padaria de Fetais e os queijo de São João e Alfredo.
  • Ver o pôr-do-sol no Cella Bar
  • Conhecer um pouco mais da Industria Baleeira
  • Fazer a estrada das Lagoas

  • Tomar banho numa das muitas zonas balneares, como a zona balnear do Cachorro ou a Laja das Rosas
  • Conhecer o centro histórico da Madalena.
  • Passear nas Lajes do Pico e em São Roque dos Pico.

  • Visitar a gruta das Torres
  • Apreciar a arquitectura típica da ilha do Pico, com predominância de pedra escura e vulcânica, tanto nas casas como nos muros.
Vai passando por aqui que em breve vou publicar o meu roteiro pela ilha. 

Vê aqui o Roteiro de 2 dias e meio no Faial

Dúvidas sobre o que é necessário para visitar os Açores em tempos de COVID? 
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Estás a pensar ir ao Faial e não sabes o que visitar? Então este post é para ti.
Estive no Faial há cerca de 1 mês atrás e este era o nosso roteiro inicial, que não foi cumprido inteiramente apenas porque a meteorologia não ajudou e não foi possível fazer o trilho que queríamos fazer no segundo dia. De qualquer das formas, continuo a acreditar que é um roteiro que faz bastante sentido, a não ser que esteja realmente calor e queiram aproveitar todas as piscinas naturais e, nesse caso, acrescentava mais um dia para dividir a volta à ilha.



Se tinhas visto o último post, já sabias que este seria o tema deste post, claro. Se não tinhas visto, podes ver aqui dicas gerais, como onde ficar alojado, onde comer, etc

Dia 1 (a volta à ilha)
O primeiro dia foi dedicado a conhecer todos os pontos da ilha. Chegámos bem cedo ao Faial, levantámos o carro no aeroporto e lá fomos nós. O racional era: só vamos ter carro neste dia, portanto vamos aproveitar para visitar todos os pontos.
Este é o mapa do trajecto que fizemos:




Como vêem, sendo um trajecto praticamente circular, podem começar em qualquer ponto. Nós começámos pelas Piscinas de Castelo Branco simplesmente porque eram mesmo junto ao aeroporto. Como disse acima, caso seja feito numa altura de muito calor, aconselhava a partir este dia em 2, para aproveitar mais tempo nas piscinas naturais. Como nós fomos no início de Maio e sabíamos que não íamos apanhar assim tão bom tempo, o roteiro foi bastante adequado.

Piscinas de Castelo Branco, Ponta do Morro e Queijaria O Morro
Logo à saída do aeroporto encontram-se as piscinas de Castelo Branco. Depois, podem encontrar a Ponta do Morro, onde existe um trilho. Nós não fizemos o trilho, andámos só a passear naquela zona com vista para o Morro. 
O Morro de Castelo Branco é resultado de uma erupção vulcânica costeira que ocorreu  há cerca de 30 mil anos e é considerado uma reserva natural.
Ali ao lado há a queijaria mais conhecida do Faial, a Queijaria o Morro. Diz-se que faz dos melhores queijos dos Açores.

Piscinas de Castelo Branco

Morro de Castelo Branco


Piscinas do Varadouro e Caminho Varadouro Comprido
Estas piscinas são óptimas para um banho de mar (e também de sol, claro). Ali ao pé também podem visitar o Porto de Pescas. Depois, dali podem seguir pelo Caminho Varadouro Comprido até à zona dos Capelinhos. A estrada é de terra batida mas está em boas condições. E é um passeio muito agradável. Saltámos a visita aos Capelinhos neste dia porque deixámos para o dia seguinte para fazer com mais tempo.

Caminho do Varadouro Comprido


Praia da Fajã do Norte
Uma praia de areia vulcânica muito bonita devido ao contraste da areia negra com o verde da falésia e da vegetação envolvente. Do que li, no verão a água chega aos 23 graus.



Miradouro da Ribeira das Cabras e Miradouro da Ribeira Funda
O Miradouro das Ribeiras das Cabras tem vista para a zona da fajã formada, em parte, pela lava que escorria do Cabeço do Fogo. Mais à frente fica o Miradouro da Ribeira Funda, onde se pode observar o vale abrupto coberto por vegetação.





Moinho Giratório de Madeira Canada do Capitão
Fica na zona de Cedros e, apesar de ter deixado apenas este no mapa, existem nesta zona alguns destes moinhos vermelhos em madeira. 
São muito característicos tanto do Faial como também do Pico e foram, em tempos, essenciais para a economia da ilha, devido à produção de cereais. Hoje não estão activos, mas continuam a ser um marco na paisagem.

O Moinho da foto fica um pouco mais à frente, no Caminho da Chã


Porto do Salão
Estas piscinas naturais foram mesmo as nossas preferidas. Quando chegámos lá estava imenso calor e portanto foi onde pudemos aproveitar um pouco de sol. 
É das melhores zonas para nadar no Faial e tem boas instalações de apoio balnear, incluindo casas de banho e chuveiros. 



Farol da Ponta da Ribeirinha
Desactivado desde 1998 devido ao sismo que atingiu a Ribeirinha e o deixou bastante destruído. Ainda assim, tanto o Farol como a zona da Ribeirinha (por exemplo, as ruinas da Igreja) são bons registos dos efeitos do sismo.

Porto da Boca da Ribeira
Também conhecido como Porto da Ribeirinha, é um espaço balnear com uma óptima vista sobre a ilha do Pico. Também tem instalações de apoio balnear, assim como churrasqueira e zona de merendas.

Miradouro de Ribeiro Seco
Deste miradouro podemos observar a ponta da Ribeirinha, com o antigo farol. Quando está bom tempo, é possível ver o Pico, São Jorge e a Graciosa. Nós não tivemos essa sorte. 

Praia do Almoxarife
Uma praia de areia negra com um grande areal e vista para o Pico, sendo das maiores zonas balneares da ilha e a praia mais frequentada. 
Tem boas condições de apoio como acessibilidade a pessoas com mobilidade reduzida, sanitários e duches, bares e restaurantes. 


Miradouro de Nossa Senhora da Conceição e Miradouro do Monte Carneiro
Dois miradouros com vista para a Horta e para o Pico. O da Nossa Senhora da Conceição tem uma estátua da Senhora da Conceição com cerca de 3m e é também conhecido com Miradouro da Espalamaca.



Poça da Rainha 
Constituídas por rocha basáltica, são um óptimo sítio para um banho e mesmo para snorkeling, pela sua transparência e riqueza de fauna e flora.
Quando fomos lá estavam cheias de Caravelas Portuguesas, pelo que é necessário ter algum cuidado




Miradouro Ponta Furada
Fica entre Porto Pim e a freguesia da Feteira. Dali é possível observar a zona costeira desde o Monte da Guia até Castelo Branco, assim como formações rochosas com formas pouco vulgares, devido à penetração do mar nos estrados rochosos. 



Terminámos o dia a jantar no Restaurante O Genuíno.


Dia 2 (Trilho dos 10 vulcões e Vulcão dos Capelinhos)
Neste dia, a ideia é entregar o carro (se não o conseguirem entregar de véspera) e apanhar um taxi para a Caldeira. Depois, fazer o trilho dos 10 vulcões que acaba na zona dos Capelinhos e visitar o Centro de Interpretação dos Capelinhos. Depois, se o tempo convidar a um mergulho, ir até à Piscina do Porto Comprido.



Trilho dos 10 vulcões
Do que lemos, é um dos trilhos mais bonitos da ilha. São 19.3km e é linear, sendo o tempo estimado de 5h. Claro que se forem parando para apreciar a vista e tirar fotos, vão levar mais tempo. Nós tínhamos considerado que iríamos levar 7h a fazê-lo.
Como disse, o trilho é linear. Além disso, é praticamente sempre a descer. Portanto, a menos que tencionem fazer quase 40km para voltar ao ponto de origem, terão três opções:
1) deixar o carro na Caldeira e depois apanhar um taxi dos Capelinhos de volta à Caldeira
2) apanhar um taxi da Horta para a Caldeira e depois dos Capelinhos para a Horta
3) fazer o trilho com uma empresa de tours e neste caso nem terão que se preocupar com a logística.
A nossa opção era a 2a. Isto porque, quando contactámos o taxi, percebemos que o percurso Capelinhos - Caldeira (opção 1) era apenas 5€ mais barato que Horta - Caldeira e Capelinhos - Horta (opção 2). Mas à opção 1 teríamos que juntar o custo do carro e portanto não compensava (sim, as contas por aqui são quase feitas ao cêntimo neste tipo de viagens 😄)




De qualquer das formas, ficámos mesmo com muita pena, porque o trilho pareceu-nos muito bonito e completo. Começa no Miradouro da Caldeira e termina no Porto do Comprido, percorrendo 10 dos principais vulcões responsáveis pela formação da Península do Capelo. Só num, acabam por fazer uma parte de 3 trilhos, incluindo metade do da Caldeira). Podem ver o folheto do trilho aqui. Para nós, terá que ficar para uma próxima visita à ilha.



Centro de Interpretação dos Capelinhos e Farol
O Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos (CIVC) é uma espécie de "cave" do Farol do Capelinhos. Foi construído em 2008 e foi feito debaixo do solo de forma a preservar a paisagem. E que paisagem! O CIVC tem vários espaços visitáveis (podem ver todos ou só algumas partes) e leva-nos numa viagem que nos permite compreender esta erupção por meio de maquetes, videos, etc.
Quando terminarem o trilho, o CIVC é uma boa opção de visita. Nós apesar de não termos feito o trilho aproveitámos para fazer esta visita na mesma. Até porque tem a vantagem de poder ser feita com mau tempo, como nos aconteceu.




Piscinas do Porto Comprido
Se o tempo convidar a banhos, na zona dos Capelinhos podem encontrar as Piscinas naturais do Porto Comprido. Depois de tantos km a andar, certamente saberá bem. Vejam consoante o horário do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos se faz sentido fazer as piscinas antes ou depois da visita ao Centro.

Como não fizemos o trilho, acabámos por perder mais algum tempo no Centro de Interpretação, no almoço e também a fazer um novo passeio por alguns pontos da ilha, incluindo a Horta. Também fomos à Caldeira, mas não deu para ver nada. Voltámos no dia seguinte só mesmo para conseguir ver alguma coisa. 

Terminámos o dia com um jantar no Peter Cafe Sport, um imperdível na ilha.



Dia 3 (Trilho Entre Montes e Horta) 
O último dia no Faial terminou às 14h, mas acordámos cedo e portanto ainda rendeu bastante. Incluimos nova visita à Caldeira mas apenas porque acabámos por não entregar o carro no dia anterior mas sim neste último (felizmente tivemos essa flexibilidade porque o nosso carro não iria ser usado no nosso "dia 2"). Contudo, para efeitos do roteiro não o vou incluir aqui, até porque foi só mesmo um extra e no roteiro original essa parte teria ficado no 2º dia.
Este 3º dia foi então para fazer um trilho ao pé da Horta, o Trilho Entre os Montes e depois conhecer a Horta. Isto porque, considerando que o carro é entregue no fim do dia 1 / início do dia 2, a ideia é aproveitar para fazer neste dia o que é possível fazer sem o carro.
Como era o último dia, tivemos que fazer o check-out. E, como o carro nesta altura já estará entregue, é necessário deixar as malas em algum lado. Nós íamos apanhar o barco depois, pelo que optámos por despachar logo as malas no terminal do ferry. No entanto, também há lá cacifos onde poderão deixar a bagagem caso o vosso barco não seja o próximo e não seja possível despachar logo as malas. 


Trilho Entre Montes
Este trilho fica mesmo na Horta e desenvolve-se entre o Monte da Guia e o Monte Queimado. É um trilho curto, linear e bastante acessível. 3.4km que se fazem em cerca de 1h30. Podem consultar o folheto do trilho aqui. 


É um trilho muito bonito e que permite aceder ao Miradouro da Lira, de onde se tem uma vista linda para a Praia de Porto Pim, observar as Caldeirinhas e passar por outros pontos de interesse, como a Praia de Porto Pim, a Casa dos Dabney ou o Aquário de Porto Pim (não visitámos o aquário porque não achámos relevante).


Caldeirinhas

No fim do trilho, caso o tempo convide para tal, podem ir a banhos na Praia de Porto Pim.

Miradouro da Lira, com vista para Porto Pim

Passeio pela Horta
A Horta tem muito para visitar. Começando a visita perto do fim do trilho Entre Montes, podem começar pelo Forte de São Sebastião e o Forte de Santa Cruz da Horta. Este último é hoje a Pousada da Horta e tem uma óptima vista para a Marina e também para o Pico. 
Ali ao pé ficam os Gelados Atlântico. Aparemente os Gelados são muito famosos, mas quando passámos por lá estava fechado e portanto não experimentámos.
Logo a seguir, vale a pena visitar a Marina da Horta. Diz-se que é uma das mais coloridas do mundo e é paragem obrigatória para os veleiros que viajam das Caraíbas em direcção ao Mediterrâneo, devido a oferecer um excelente abrigo contra os ventos de todas as direcções. Além disso, é uma autêntica galeria a céu aberto. devido à tradição dos tripulantes dos yates deixarem uma pintura alusiva à sua embarcação nos paredões da Marina. Reza a lenda que este acto levará o barco em segurança ao seu destino.


Depois, segue perto da Marina e passar no Museu da Horta, na Igreja do Santíssimo Salvador e na Igreja do Carmo. 



Daí, podes dirigir-te à Torre do Relógio (um símbolo da perseverança açoriana, nomeadamente face aos corsários ingleses) e ao Jardim Florêncio Terra.




Se o teu destino final for, tal como no nosso caso, o terminal de ferrys, ainda podes fazer um pequeno desvio à Praia da Conceição, com vista para o Pico.
Havendo tempo, podes ainda conhecer o Museu Scrimshaw no Peter, a Antiga Fábrica da Baleia ou o Jardim Botânico do Faial. Não visitei nenhum dos 3, pelo que não consigo opinar. Mas fica a referência.

Espero que este post seja útil! Boas viagens ;)

Dúvidas sobre o que é necessário para visitar os Açores em tempos de COVID? 
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