Olá meninas,
Conforme vos disse, o post de hoje será sobre o que visitar em Viena. Não tirei fotos em todos os locais que visitei, mas penso que dá para ficarem com uma ideia. Nota: A enumeração não está feita por nenhuma ordem em especial.
O Palácio Schönbrunn
é património mundial da UNESCO e foi a residência de Verão dos
Habsburg. É muito comparado ao Palácio de Versalhes. Além do Palácio,
pode-se ainda visitar os jardins, a Gloriette, o labirinto e o Zoo. Pode-se visitar
os jardins gratuitamente, sendo tudo o resto pago. Na visita ao palácio,
existem duas opções: a Imperial Tour (22 salas) e a Grand Tour (40
salas).
Nós fizemos a Grand Tour. A
visita não tem guia, mas existem audio-guides disponíveis (não há em
Português) e incluídos no preço da visita. A visita ao Palácio vale
muito a pena, visto que nos permite ficar a conhecer um pouco mais sobre
a história dos Habsburg.
Vista dos Jardins para o Schönbrunn Palace
Visitámos o Palácio no Domingo, uma vez que neste dia há muitas coisas
fechadas em Viena. E a verdade é que foi uma óptima escolha, porque o hotel onde
ficámos não tinha sala para deixar as malas e no Schönbrunn Palace há
sítio para as deixar (podíamos ter deixado em Wien Mitte, mas isso ia
implicar gastar dinheiro para guardar as malas).
Vista do Palácio para a Estátua de Neptuno e a Gloriette
Nós comprámos o Sisi Ticket (podem comprar aqui)
que para além da Grand Tour inclui a visita ao Hofburg Palace e à
Imperial Furniture Collection. As visitas aos 3 locais podem ser feitas
em dias diferentes.
A vantagem de
comprar o Sisi ticket antecipadamente é que não precisamos de estar na
fila do Schönbrunn Palace, visto que dá acesso à Fast track. Compensa
comprar este bilhete porque a Grand Tour (17.50) e a visita ao Hofburg
(12.90) separadas são mais que o preço do Sisi ticket (28.80), mas a
Imperial Furniture Collection não vale de todo a pena - fez lembrar um
antiquário ou uma loja de móveis em segunda mão e não um museu!
Schönbrunn Palace
Quanto
ao Hofburg Palace, o Sisi ticket incluí a visita à Imperial Silver
collection, aos Imperial apartments e ao Sisi Museum.
Entrada do Hofburg
O Hofburg é o
palácio de Inverno dos Habsburg e na visita aos Imperial apartments
conhecemos 19 salas. A Imperial Silver collection também é fascinante. O
museu da Sisi foi o que acabou por me desiludir mais. Sabia que a
Imperatriz Elizabeth era famosa e que a sua vida tinha até dado origem a
filmes. Ficar a conhecer a sua história desiludiu-me - demasiado
marketing.
Era assim uma mesa no tempo dos Habsburg
Centro de mesa
Mas o Hofburg é mais que
isto. Acolhe a escola de equitação, museus, apartamentos privados e
oficiais, etc. É um complexo tão grande dentro da cidade, que é quase
conhecido como "uma cidade dentro da cidade".
Tanto
um palácio como o outro se focam bastante na vida de Sisi e da
Imperatriz Maria Teresa, aquela que foi a única mulher a governar o
império.
2. Zona do Complexo Hofburg
É em Michaelerplatz (Praça de São Miguel) que se encontra uma das entradas para o Palácio Imperial de Hofburg e a Michaelerkirche (Igreja de São Miguel), uma igreja católica construída no sec XIII.
As charretes à entrada do Hofburg
Michaelplatz
Ali ao lado está a Josefsplatz e, por trás, o Burggarten, um jardim construído em 1818 a mando do imperador Francisco I,
mas aberto ao público apenas em 1919.
No Burggarten
Simétrico ao Burggarten está o Volksgarten, fundado em 1821 na área onde originalmente existiam
fortificações que foram destruídas por Napoleão em 1809. Tanto o Burggarten como o Volksgarten são jardins bastante agradáveis para um passeio. A meio encontra-se a Heldenplatz, a Praça dos Heróis, uma praça enorme e lindíssima e que todos os dias recebe milhares de pessoas.
Heldenplatz
Na Praça existem duas estátuas imponentes e simétricas: a de Carlos da Áustria e a de Eugene de Savoy. Em frente encontra-se o Portão da Cidade, um memorial de guerra construído em homenagem aos veteranos das guerras napoleónicas.
Passando o Portão, encontramos a Maria-Theresien-Platz, área marcada pela simetria dos edifícios gémeos que abrigam o Museu de História Natural (Naturhistorisches Museum) e o Museu de História da Arte (Kunsthistorisches Museum), construídos em estilo renascentista.
Estátua de Maria Theresien
Naturhistorisches Museum
Ali perto encontra-se o Volkstheater, cujo nome pode ser traduzido em algo como "Teatro do Povo". Foi fundando a pedido dos
cidadãos de Viena com a finalidade de oferecer uma alternativa ao Burgtheater.
3. Zona de Rathausplatz
Na zona do Volksgarten encontra-se o Parlamento, com uma arquitectura a fazer lembrar um templo grego. Dizem que este estilo foi escolhido para homenagear a democracia!
Parlamento
Mais à frente encontra-se o Burgtheater, um dos teatros mais importantes do mundo, construído em 1741 a mando da imperatriz Maria Teresa.
Burgtheater
De seguida, encontra-se Rathaus, a Câmara de Viena. O edifício
tem uma arquitectura em estilo neogótico e à frente encontra-se uma praça onde, na altura, estava montada uma enorme pista de gelo. Encontravam-se também algumas barraquinhas, fazendo lembrar um pequeno mercado de Natal. Existe uma visita guiada gratuito, que acontece às 2as, 4as e 6as e não é preciso agendar. Não fizemos esta tour porque quando a descobrimos já tínhamos comprado os bilhetes de autocarro para ir na 6a a Bratislava.
Rathaus
Continuando, passamos pela Universidade, pelo Jardim de Freud e chegamos à Votivkirche, uma Igreja neogótica lindíssima, que lembra bastante a Catedral
de Colónia, na Alemanha. A entrada nesta igreja é gratuita.
Votivkirche
4. Museumsquartier
Por trás da Maria-Theresien-Platz, está o MuseumsQuartier, um antigo estábulo imperial que é hoje a oitava maior área cultural do mundo. Abriga importantes museus como o Leopold Museum e o MUMOK. Esta área oferece também estúdios de produções de arte, cafés, um espaço para exibição de arte contemporânea e um centro de dança internacional.
MUMOK
5. Belvedere Palace
Ao
contrário do Schönbrunn Palace e do Hofbur, estes dois edifícios de
arquitectura barroca foram construídos por um particular, o Príncice
Eugénio de Sabóia. É no Upper Belvedere que se encontra o famoso quadro
"The Kiss" the Gustave Klimt. Os palácios são pagos, mas mesmo que não
tenham interesse em / não queiram pagar para entrar, vale a pena visitar
os Jardins.
Lower Belvedere Palace
Jardins do Palácio
Upper Belvedere Palace
Perto
do palácio encontra-se a Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen
Nikolaus. Estava fechada e também já tínhamos lido que as visitas
turísticas não eram bem vistas, mas vale a pena passar lá para ver por
fora.
Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen
Nikolaus
6. Free Walking Tour (Good Vienna Tours)
Na minha opinião, uma Tour pela cidade é indispensável. Sempre que faço férias de cidade, tento fazer uma destas tours e há várias em cada cidade. No entanto, esta tem uma particularidade. É a única em Viena. Isto deve-se ao facto de, em Viena, não poderem ser estudantes a fazer estas tours, mas sim guias certificados. Por um lado, é algo que pode "intimidar", porque nos sentidos "obrigados" a dar mais que o que damos habitualmente. Mas tem a vantagem de ser com alguém que realmente sabe muito sobre o sítio! Esta dura cerca de 2h30 e leva-nos aos seguintes pontos da cidade: Albertina Museum, Emperor Joseph's Square, Swiss Courtyard, Heroes Square, St. Michael's Square, Graben, Imperial Crypt, House of Mozart, House of the Teutonic Order, St. Stephens Cathedral, Gutenberg Monument, Greek Quarter, Jewish Quarter, Bermuda Triangle e Saint Rupert's Church.
Por exemplo, aprendemos que os Habsburg tinham uma forma bastante eficaz de conquistar terras e de construir um grande império: através de casamentos. Parece que os senhores não eram muito dotados para batalhas, mas sabiam tratar de "negócios".
Foto com o grupo da Tour (vejam se me encontram =D)
7. St. Stephen's Cathedral
Stephansdom
é uma Catedral Gótica localizada no ponto mais central de Viena e é
lindíssima, tanto por dentro como por fora. Foi construída no sec XII e
foi passando por algumas reformas, pelo que apresenta também alguns
traços barrocos e renascentistas. Pode-se visitar por dentro
gratuitamente e o seu interior é maravilhoso. O telhado é também
realmente majestoso, sendo coberto por 230 mil azulejos. Na parte sul,
os azulejos formam uma água de duas cabeças, símbolo do império. Já na
parte norte, formam águias com dois brazões: um que representa a cidade de Viena e
outro a República da Áustria.
É
possível subir a uma das suas duas torres, mas esta parte já é paga,
pelo que acabámos por não ir. Gosto sempre de subir a um ponto mais alto
para ter uma vista panorâmica das cidades. Se fosse agora,
possivelmente teria preferido pagar para subir à Torre Sul, que tem 136
metros de altura, em vez da Riesenrad.
Telhado zona Sul
Torre norte da Catedral
8. Griechisch-orientalische Kirchein Österreich
Não muito longe da Stephansdom fica o Bairro Grego, onde se encontra a exótica Griechisch-orientalische Kirchein Österreich (Igreja
Ortodoxa Grega), que é muito bonita por dentro e completamente
diferente do que vimos nas outras igrejas. É gratuita e vale a pena a
visita.
Griechisch-orientalische Kirchein Österreich
9. Graben e Peterskirche
Se
continuarmos a andar depois da Catedral, vamos ter à Graben, uma rua
maravilhosa e cujas origens datam do sec XIII. É aqui que se encontram
lojas de luxo, cafés e alguns dos mais belos edifícios da cidade. Nesta
rua encontra-se a Pestsäule, uma escultura que faz referência à Peste em
Viena. É também nesta rua que se localiza a Peterskirche, uma igreja
católica de estilo barroco. A sua cúpula é realmente bela.
Uma charrete junto à Graben
Cúpula da Peterskirche
10. Staatsoper, Ópera Nacional Vienense
Viena é a cidade da música! Por isso, vale realmente a pena conhecer a Ópera, porque é maravilhosa. Existem visitas guiadas, mas nós preferimos ir ver um espectáculo. O único que nos era possível ir ver era um Ballet, La Fille Mal Gardée, visto que a nossa estadia em Viena coincidiu com o baile anual. No dia do Baile havia um grande aparato naquela zona da cidade. À noite, fizemos questão de passar por lá para ver o ambiente. Faz, realmente, lembrar os filmes.
A noite do Opernball
Para assistir a um espectáculo na Ópera, existem duas opções: comprar
bilhetes com antecedência ou ir para a fila 90 minutos antes para
comprar bilhetes em pé por cerca de 4€. Quando comprámos os nossos, não
sabíamos desta opção. Como não queríamos gastar muito, optámos por uns
baratinhos (11€), na segunda fila de um camarote, algo que podia ter
corrido muito mal, visto que não se via mais de metade do palco.
Felizmente, tivemos (muita) sorte e as pessoas da primeira fila do
camarote não apareceram (ou os bilhetes não foram vendidos) e nós
acabámos nuns lugares de 69€. Se não estiverem dispostos a gastar esta
quantia e não se importarem de ter um pouco menos de conforto,
aconselho-vos os lugares em pé!
Bilhetes para "La Fille Mal Gardée"
O interior do Edifício
11. Galeria Albertina
Perto
da Ópera encontra-se a Galeria Albertina, que possui uma das maiores
colecções de artes gráficas do mundo. Não a visitámos, mas vale a pena a
subida para ver os arredores. É aqui que começa a Free Tour.
12. Parque Prater
Um parque de diversões no District 2. É enorme, mas não tem muita gente e muitas das diversões estavam fechadas - fez-nos quase sentir num filme de terror daqueles que acontecem nos Parques de Diversões.
Entrada do Parque
Logo à entrada do Parque está a Riesenrad, um clássico de Viena: uma roda estilo London Eye, mas bastante mais antiga. Foi construída no final do século XIX, destruída durante a II Guerra Mundial e posteriormente foi reconstruída. Pelo que li, era uma atracção obrigatória, mas na minha opinião não vale a pena! Pagamos 10€, damos uma volta de 15 minutos e está despachado. E a vista acaba por não ser assim tão maravilhosa.
Existem ainda carruagens onde se pode ter um jantar privado. Pelo que li, por cerca de 350€. Aparentemente, estas carruagens já foram pano de fundo de muitos noivados.
Uma das carruagem para Jantares
É também aqui que se encontra o Madame Tussauds de Viena. No entanto, já tinha visitado o de Amsterdão, pelo que acho que não compensa visitar mais.
13. Stadtpark
Este
Parque fica bastante próximo de Wien Mitte. As suas duas principais
atracções são o Kursalon, um edifício no estilo renascentista italiano,
onde Johann Strauss deu o seu primeiro concerto. Desde então, o Kursalon
tem sido palco de concertos e outras formas de entretenimento.
Kursalon
Também a
outra atracção do Parque está relacionada com este compositor: a
estátua em bronze, que deverá ser a estátua mais fotografada do Parque.
Estátua de Johann Strauss
14. Karlskirche
Igreja
do período Barroco, construída no séc XVIII em honra de São Carlos
Borromeu, como forma de agradecimento por ter acabado com a peste
epidémica em Viena. É sem dúvida das igrejas mais bonitas da cidade.
Karlskirche
Esta igreja pertence ao
período barroco e foi construída (1715-1737) em honra de São Carlos
Borromeu, como forma de agradecimento por ter libertado Viena da peste
epidémica de 1713. Em honra dos que padeceram, foi-lhes feita uma
homenagem no Frontão.
Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/12/26/visitar-viena-austria/
Leia mais em: http://www.viajecomigo.com/2014/12/26/visitar-viena-austria/
15. Hoher Markt e Ankeruhr
Hoher Markt é a praça mais antiga de Viena. Apesar do nome, não tem nenhum mercado. Existiu, durante a idade média, mas agora não há quaisquer vestígios desse tempo. Actualmente podemos ver a fonte do Casamento (Vermählungsbrunnen) e o Ankeruhr, um relógio dourado no estilo art nouveau.
Ankeruhr
Diariamente, por volta do meio dia, há um pequeno "espetáculo" no relógio. O "por volta" é importante. Pelo que o guia da Tour nos disse, a pontualidade não é o forte da coisa e por vezes o espetáculo do meio dia acontece por volta das 12h20. Ou seja, se quiserem ver e já tiver passado do meio dia, esperem mais um pouco! Foi nesta praça que comemos pela primeira vez num würstelstand, que à letra significa quiosque de salsichas.
16. Judenplatz
Perto do Hoher Markt fica Judenplatz, local de uma das maiores e mais importantes comunidades judaicas da Europa na Idade Média. É nesta praça que está localizado o Museum Judenplatz e o Memorial do Holocausta, que representa uma biblioteca onde os livros estão
com as lombadas voltadas para dentro e simbolizam o vasto número de vítimas do holocausto,
bem como a concepção dos judeus como o "Povo do Livro". As portas do memorial encontram-se invertidas,
sem maçanetas ou outro tipo de puxador, sugerindo a impossibilidade de se abrirem.
Judenplatz
17. Hundertwasserhaus
Hundertwasserhaus
é um complexo habitacional concebido por Friedensreich Hundertwasser,
que vislumbrou "uma casa para seres humanos e árvores. É algo
completamente diferente daquilo a que Viena nos habitua, daí ser ainda
mais interessante de conhecer. Destaca-se pelas cores garridas,
ornamentação variada, janelas irregulares, etc. É sem dúvida um local de
paragem obrigatória para tirar algumas fotos.
Hundertwasserhaus
O post ficou realmente grande. Percebo que não faça o maior dos sentidos lerem tudo agora, mas um dia que visitem Viena já sabem onde procurar. Espero que venha a ser útil!
4 comentários
What an incredible place! It looks like you saw an awful lot.
ResponderEliminarthe-creationofbeauty.blogspot.com
Todos os sítios que referiste parecem mesmo de paragem obrigatória e adorei a forma como esclareceste tudo muito bem querida!
ResponderEliminarTHE PINK ELEPHANT SHOE // INSTAGRAM //
Adorei!! As fotos estão maravilhosas!
ResponderEliminarPassa pelo meu blog e espreita o novo post*
www.a-be-atriz.com
xx, A Be-atriz
Obrigado pelas sugestões =)
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